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Cruz e Souza
Cruz e Souza

 


 

 Ó luminosas formas alvadias

Que desceis dos espaços constelados

Para lenir a dor dos desgraçados

Que sofrem nas terrenas gemonias!

 

Vindes de ignotas luzes erradias,

De lindos firmamentos estrelados,

Céus distantes que vemos, dominados

De esperanças, anseios e alegrias.

 

Anjos da Paz, radiosas formas claras,

Doces visões de etéricos carraras

De que o espaço fúlgido se estrela!...

 

Clarificai as noites mais escuras

Que pesam sobre a terra de amarguras,

Com a alvorada da Paz, ditosa e bela...

Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

 


 

Companheiro de rudes pés sangrentos

 

Guarda no peito atribulado e aflito

 

As visões que percebes no infinito,

 

Alvoradas, estrelas, firmamentos...

 

 

 

Segue calando os trágicos lamentos

 

Do coração chagado, ermo e proscrito,

 

Mas ergue a luz por templo de teu rito

 

Entre os muros terrestres, desatentos!

 

 

 

Sem dourado bastão para teus sonhos,

 

Transpõe, gemendo, os vórtices medonhos

 

Das sendas abismais para o futuro.

 

 

 

E deixarás no pranto de teus rastros

 

O caminho celeste para os astros

 

E a vitória divina do amor puro.

 




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Da janela do alto da casa ele está
e quando ele surge
o céu fica negro
Ou vermelho

Tem a força de um gigante
e a alma se perdeu
tem a dor por sua amante
e mulher

Quando olho pro espelho
não vejo mais rosto é vermelho,lobonegro1
azul, escuridão...

Os passos do mostro
Relâmpago no portão
Frankstein está a solta...


Metade homem, metade nada
que toma inteiro
sem caneta nem tinteiro
pra remediar...

Comprando almas e cobras
espalha pedras e cobres
em cada rua que dobras
deves olhar pra trás


Quem fere a fera inocente
merece lâmina fria
quem quiz ser monstro indecente
não pode ouvir a poesia

Eu tenho versos e trapos
com fel e açucar mascavo
Tenho um veneno guardado
Pra pra dissolver num so trago
Um lobo negro...sem alma.

 

 


 

 

A minha alma do avesso...Cada ínfima célula do meu corpo...trocando energia com o mundo...aprendendo a viver com a vida e não com o dicionário...porque nenhuma palavra definirá o milagre e o prazer de ser EU...o eu que eu conheço...desconhecendo...

 Ah! insensato coração
Por que se apaixonas assim??
Se sabes que amor
Acaba rimando com dor

Ah! insensata paixão
Por que me tomas assim?
Como labaredas ardes
harmoniaE me consome
Faz meu corpo tremer
Faz-me renascer
E enlouquecer

Ah! insensato sentimento
Por que se entregaste ao momento?
Se tudo é uma ilusão.
Afinal...não tens coração?
Não tens pena de fazê-lo sofrer assim?

Como folha ao vento
Deixa-se levar
Flutuando na ilusão
Figuração dessa história
Que não sei qual o seu fim
Se vivo a realidade
Ou a mentira de um amor
Que criei na minha fantasia
E insisto em acreditar
Para verdadeiro se tornar