Ó luminosas formas alvadias
Que desceis dos espaços constelados
Para lenir a dor dos desgraçados
Que sofrem nas terrenas gemonias!
Vindes de ignotas luzes erradias,
De lindos firmamentos estrelados,
Céus distantes que vemos, dominados
De esperanças, anseios e alegrias.
Anjos da Paz, radiosas formas claras,
Doces visões de etéricos carraras
De que o espaço fúlgido se estrela!...
Clarificai as noites mais escuras
Que pesam sobre a terra de amarguras,
Com a alvorada da Paz, ditosa e bela...
Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Companheiro de rudes pés sangrentos
Guarda no peito atribulado e aflito
As visões que percebes no infinito,
Alvoradas, estrelas, firmamentos...
Segue calando os trágicos lamentos
Do coração chagado, ermo e proscrito,
Mas ergue a luz por templo de teu rito
Entre os muros terrestres, desatentos!
Sem dourado bastão para teus sonhos,
Transpõe, gemendo, os vórtices medonhos
Das sendas abismais para o futuro.
E deixarás no pranto de teus rastros
O caminho celeste para os astros
E a vitória divina do amor puro.
| Tweet |
|
1 |
Ah! insensato coração
Por que se apaixonas assim??
Se sabes que amor
Acaba rimando com dor
Ah! insensata paixão
Por que me tomas assim?
Como labaredas ardes
E me consome
Faz meu corpo tremer
Faz-me renascer
E enlouquecer
Ah! insensato sentimento
Por que se entregaste ao momento?
Se tudo é uma ilusão.
Afinal...não tens coração?
Não tens pena de fazê-lo sofrer assim?
Como folha ao vento
Deixa-se levar
Flutuando na ilusão
Figuração dessa história
Que não sei qual o seu fim
Se vivo a realidade
Ou a mentira de um amor
Que criei na minha fantasia
E insisto em acreditar
Para verdadeiro se tornar